Perguntas & Respostas

Dúvidas Frequentes

Confira as respostas de questões que você pode querer saber. Envie a sua pergunta também!
  • COMO ENTENDER O SIGNIFICADO PROFUNDO DO SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO?
    Devemos compreender o sacramento do matrimônio a luz do mistério da cruz. É em Cristo crucificado que vislumbramos o significado do verbo amar. Dar a própria vida ao outro é participar da entrega que Cristo faz de si mesmo no alto da cruz por toda a humanidade.

    A entrega que o casal faz um ao outro na celebração do matrimonial corresponde a entrega que Cristo faz de si mesmo na cruz. Isso revela aos esposos que o momento em que eles deverão provar o quanto se amam será nos momentos difíceis da vida conjugal. Dado que foi na cruz que Cristo mais amou a humanidade.

    Os casais se comprometem a dizer sim ao amor em todas as circunstâncias da vida, na alegria, na tristeza, na saúde e na doença. Esta é a radicalidade do amor esponsal que Cristo manifestou no alto da cruz.
  • PODERIA FALAR SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A IGREJA E O MUNDO?
    Quando olhamos para a história desde as suas origens verificamos que no início o império romano perseguia os cristãos; no período da cristandade há uma identificação entre Igreja e Estado, ou seja, a Igreja assumiu elementos do Estado e vice-versa; depois A Igreja condenou o modernismo e este condenou a Igreja foi uma fase de mútua condenação; e no século XX, com o Concílo Vaticano II o papa João XXIII no discurso inaugural disse “prefiro uma igreja que utilize o remédio da misericórdia do que a severidade da condenação”.

    Aqui a Igreja se coloca numa postura de diálogo com a modernidade. Nesse sentido, podemos estabelecer grosso modo, uma divisão esquemática dessa relação, a partir do teólogo João Manuel Duque, primeiro de tensão, segundo de identificação, terceiro de ruptura e quarto de procura. Em todo caso, atualmente o grande desafio me parece o de evangelizar os próprios cristãos.
  • PRECISO BATIZAR O MEU FILHO O QUE PRECISO FAZER?
    O batismo é a primeira páscoa do fiel, é o nascimento para a vida na graça. Só se batiza uma única vez porque só se nasce uma única vez. Dado que as coisas espirituais se relacionam com as coisas materiais. Pelo Batismo somos inseridos na Páscoa de Cristo. Mas enfim, para batizar é necessário se inscrever na sua paróquia no Itinerário Batismal de Pais e Padrinhos (antigo curso de Batismo).

    Essa preparação catequética e comunitária tende a aprofundar o significado do sacramento do Batismo e a necessária vivencial batismal dos pais e padrinhos. São realizados encontros na comunidade e nas casas dos pais ou padrinhos com os agentes da pastoral do batismo com duração de 2 meses com datas combinadas com os pais. Essa nova metodologia é fruto de uma sincera renovação da Igreja que quer propor um caminho de crescimento e maturidade na fé dos pais e padrinhos. A vida batismal por sua natureza se alimenta na comunidade de fé ao redor da palavra e da Eucaristia.

    O Batismo nos torna filhos e filhas de Deus e membros do Corpo de Cristo que é a Igreja.
  • QUAL O LUGAR DE MARIA NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO? COMO COMPRENDER ISSO TEOLOGICAMENTE?
    Primeiro, tudo em Maria está relacionado a Cristo, de fato, a fé em Maria é profundamente cristocêntrica. Sabemos que a sua maternidade está para a humanidade de Cristo, a virgindade está para a divindade de Cristo, a assunção está para a ressurreição e, por isso, devemos admitir que o fato de Maria ser preservada do pecado original está para a encarnação do Verbo. Nesse sentido, falar de Maria é falar de Cristo. Na realidade os dogmas marianos afirmam os dogmas cristológicos da divindade, da humanidade e da ressurreição.

    Segundo, Maria inaugura o Novo Testamento e o seu encontro com Isabel simboliza a unidade entre o Primeiro e Segundo Testamento. Assim, como o rei Davi pulo de alegria ao reconhecer a presença de Deus na arca da aliança, João Batista pulo no seio de sua mãe porque reconheceu a nova arca da Aliança: Maria. Assim com a arca da aliança ficou três meses com o Rei Davi, também Maria ficou três meses com sua prima Isabel. Do mesmo modo que ela se dirigiu “apressadamente a região montanhosa” nós também, enquanto Igreja devemos nos apressar na evangelização dos povos e das culturas.

    Uma Igreja em saída é em sua essência uma Igreja Mariana. Maria nos inspira a tirar as mãos do bolso, da indiferença e nos move a estendê-la àqueles que necessitam.
  • QUAIS AS RAÍZES DA AÇÃO PASTORAL DA IGREJA? O QUE JUSTIFICA A MISSÃO DA IGREJA NA HISTÓRIA?
    A missão da Igreja deriva da missão de Cristo. Nesse ponto devemos destacar que não podemos falar de eclesiologia sem a Cristologia, dado que a Igreja é a continuação mística do corpo real de Cristo. Nesse horizonte entendemos que é do tríplice múnus de Cristo que deriva a tríplice missão da Igreja. Cristo é sacerdote, profeta e rei, de tal modo que na Igreja Ele exerce a sua missão de sacerdote (de santificação) pela administração dos sete sacramentos, a missão profética de Cristo se realiza quando se anuncia o seu Evangelho, e também, quando se denuncia as injustiças.

    A missão real de Cristo continua nas diversas pastorais de serviço. É claro que todo batizado ser torna sacerdote, profeta e rei em Cristo. A própria estrutura do presbitério ou o espaço litúrgico evidencia a natureza da missão da Igreja a cadeira do padre (real); o ambão da Palavra (profético); o altar (sacerdócio). Portanto, a ação pastoral em sua raiz é cristológica e em sua expansão é eclesiológica.
  • O PAPA FRANSCISCO TEM FALADO SOBRE SINODALIDADE, O QUE É ISSO?
    O papa Franscisco tem nos convocado a sermos uma Igreja Sinodal. O que isso significa? Que devemos “caminhar juntos”, sinodalidade é caminhar juntos. Não podemos pensar numa comunidade de cristãos que não se compromete com os valores do Evangelho. O papa nos convoca a escutar os problemas e os desafios da nossa realidade e a luz da fé construirmos uma sociedade do diálogo e da fraternidade.

    O caminho para romper com polarizações ideológicas é o díalogo, a escuta atenta dos irmãs e das irmãs. Devemos nos afastar de ideologias que mutilam a vida e a dignidade da pessoa humana. Um cristão não pode servir uma ideologia, mas sim a verdade que liberta. A sinodalidade é uma dimensão constitutiva da Igreja ao longo de toda a história da igreja podemos verificar a existência de vários sínodos locais, regionais e universais, justamente para pensar, refletir e decidir sobre diversas situações que precisavam de uma resolução.

    Fale recordar que a primeira crise na Igreja, o conflito entre judaizantes e helenizantes foi resolvida num sínodo, chamado de “Concílio de Jerusalém”.
  • COMO FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
    Uma boa confissão depende de um sincero exame de consciência. E como se faz isso? É importante se dar conta daquelas situações, atos ou omissões nas quais cometi um abuso da liberdade. A confissão pressupõe um verdadeiro arrependimento que me leve a mudança de vida. O sacramento da confissão causa uma ressurreição espiritual e desperta a nossa consciência das obras mortas do pecado.

    É uma verdadeira páscoa espiritual. Pela absolvição sacramento fazemos a passagem da morte para a vida; do pecado para a graça. Confessar-se é atravessar o “Egito” das nossas paixões desordenadas em direção a verdadeira liberdade interior.
  • QUAL O PROBLEMA DE UMA FÉ SIMPLESMENTE SENTIMENTAL OU REDUZIDA A UM MERO BEM-ESTAR PSICOLÓGICO?
    Uma “fé” sentimental indica que vivemos numa crise da razão. É claro que a experiência religiosa passa pelos sentimentos, porém devemos compreender que a razão deve iluminar os sentimentos e educar a vontade. Uma “fé” sentimental é intimista e individualista e nada tem de fé.

    Até ousaria dizer que esse fenômeno do sentimentalismo está ligado muito mais ao conceito de religiosidade do que propriamente a experiência de fé. Dado que a fé pressupõe a objetividade do dado revelado e ao mesmo tempo o assentimento da inteligência e da vontade da pessoa. Quando uma sociedade considera o sentir mais importante do que o saber no fundo estamos invertendo os valores.

    Estamos em crise justamente porque colocamos a razão no lugar de serva do sentimento e quando isso ocorre cometemos diversos desvios; ou seja, nos tornamos consumistas; é mais importante aparecer do que ser; somos impulsivos; não conseguimos lidar com frustrações; tratamos o outro com objeto e não como pessoa;
  • QUAL A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO TEOLÓGICO E PASTORAL?
    O estudo teológico proporciona as pessoas a capacidade de perceber a conexão entre as verdades de fé; a aprofundar o sentido da vida eclesial e espiritual. Qual o papel da Sagrada Escritura na história da salvação? Como ela se relaciona com a Tradição e o Magistério? Quais as raízes do cristianismo? Qual a sua originalidade? A relação entre pensar teologia e fazer pastoral?

    Os estudos nos tiram da alienação ou de uma fé infantil ou superficial e nos impele à maturidade e a própria formação da consciência. É impressionante notar que os cursos de teologia tem crescido no Brasil, por outro lado, é preciso refletir sobre a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos no âmbito pastoral. Penso que é necessário nas formações dos leigos e leigas redescobrir a pastoralidade da teologia.

    O que isso quer dizer? É proporcionar uma teologia que nos ajude a iluminar à luz da revelação divina os dilemas pastorais seja na família, na juventude, nos idosos, na vida social e tudo o que envolve a cultura. É claro que isso tudo é fruto de uma teologia que promova uma espiritualidade encarnada e contextual.
  • UM AGENTE DE PASTORAL OU MOVIMENTO PRECISA DE FORMAÇÃO?
    Os tempos atuais exige que todos os cristãos busquem não apenas uma atualização profissional ou acadêmica, mas também procure aprofundar a sua espiritualidade e sua vida de comunidade. Vejo que muitos se preocupam em ter um corpo sarado, vão à academia três vezes na semana ou mais, outros fazem acompanhamento psicológico para cuidar da sua saúde mental, mas são negligentes no que se refere a sua vida espiritual. Não procuram se aperfeiçoar espiritualmente.

    Vivemos um tempo onde há uma crescente desorientação religiosa, há uma religião do eu, totalmente desvinculada da religião institucional. Isso ao mesmo tempo é fruto do processo de secularização presente na América Latina e, ao mesmo tempo, a desvalorização das Instituições. Isso tem gerado um crescente analfabetismo religioso fruto de uma suposta fé individual e autoreferencial. Numa cultura individualista muitos querem escrever o seu próprio evangelho, fundar a sua própria igreja e escutar não a voz de Cristo que “do que era dividido fez uma unidade”, mas sim a própria voz.

    Em todo caso, mesmo aqueles que atuam em alguma pastoral ou movimento se sentem perdidos ou despreparados para assumir uma missão. Em tempos de polarizações também no âmbito religioso, seja aqueles cristãos fundamentalistas, seja aqueles que se dizem “católicos não praticantes” é urgente redescobrir a formação pastoral e teológica para avançar em direção a um cristianismo capaz de iluminar os dilemas da humanidade e superar o fenômeno da secularização e o enfraquecimento das instituições religiosas. O que não podemos perder de vista é o valor da comunidade para a formação integral da pessoa humana.
  • QUAIS SÃO OS DESAFIOS QUE OS LÍDERES ENFRENTAM NA AÇÃO PASTORAL?
    Um dos desafios que os líderes ou coordenadores das pastorais e movimentos encontram é justamente a falta de comprometimento das pessoas com as atividades de evangelização. Encontramos diversas desculpas, uma delas, falta de tempo, as pessoas não querem assumir alguma missão porque não tem tempo. Será? Ou também, tem medo de assumir algum compromisso, por insegurança, medo de errar, ou porque talvez não se sentiram acolhidas pelos temais membros, ou porque ainda não foram despertadas para a vida em comunidade.

    A grande questão é: como fazer para que as pessoas participem, e se dediquem ao anúncio do Evangelho na comunidade paroquial, na família, no trabalho e na sociedade? Esse é nosso objetivo despertar as pessoas para a vida em comunidade. O trabalho em comunidade é fator importante para a interação humana, ajuda a aperfeiçoar a nossa capacidade de lidar com opiniões diferentes, a crescer em nossos relacionamentos; amplia a nossa rede de contatos, expande nossa percepção sobre a realidade e os problemas, afina a nossa capacidade de escuta, aprendemos a sair do “eu” fechado, isolado e nos abre para a cultura do diálogo e da fraternidade. Participar de uma comunidade ou de alguma pastoral ou movimento é fonte de crescimento e aprendizado!

    E você quer crescer? Já pensou na possiblidade de você ser ponte para as pessoas! Viver em comunidade exige sair do egoísmo que anestesia o nosso potencial. Não tenha medo, se abra à novidade do Evangelho e amplie os seus horizontes. Viver em comunidade é caminhar juntos! Vem comigo!

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